Nesta quarta-feira, 23, o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi afastado da sua função em operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) que investiga fraudes em benefícios concedidos à aposentados e pensionistas.
Stefanutto é alvo de buscas, ele é servidor de carreira do INSS desde 2000 e filiado do PSB, indicado ao cargo pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Alessandro Stefanutto é o sucessor do Glauco Wamburg, também indicado por Lupi, Wamburg foi exonerado ainda em 2023 por suposto uso irregular de passagens e diárias pagas pelo governo.
Conforme informações de interlocutores do Executivo, além de Stefanutto, o procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, também foi afastado. Ao todo, seis servidores públicos foram afastados durante a operação. Segundo a PF, a fraude no INSS partiu de entidades que representavam os aposentados e pensionistas.
Na prática elas descontavam irregularmente parte de mensalidades associativas aplicadas sobre benefícios previdenciários. Até o momento, no entanto, a polícia não detalhou como funcionava o esquema. A operação é considerada uma das mais importantes e delicadas da PF.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o ministro da CGU, Vinícius Carvalho, avisaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a operação ser deflagrada. Eles se reuniram na manhã desta quarta no Palácio da Alvorada.
Isso simboliza o tamanho do problema que o INSS vai enfrentar. E como o governo precisará reagir, diante do tamanho da fraude e da necessidade e proteger os aposentados de situações como essa. Neste momento, uma segunda reunião está em andamento no Ministério da Justiça.
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou ao blog G1 que o partido não foi consultado na ocasião em que Stefanutto foi escolhido para chefiar o instituto.
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Portal de Beltrão e G1